O bispo de Campo Mourão (PR) e integrante da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Bruno Elizeu Versari, ficou responsável pela palestra “Família e Sinodalidade”. O tema foi discutido na manhã do sábado (27), no Congresso Nacional da Pastoral Familiar, em Governador Celso Ramos (SC). O bispo foi acompanhado pelo casal Freud e Solange, ligados à Pastoral Familiar da Arquidiocese de Uberaba, em Minas Gerais.
Versari iniciou explicando o conceito de Sínodo – um processo espiritual, um caminhar juntos e a necessidade primordial de escuta sinodal. Ele também enfatizou que a Pastoral Familiar participou do processo de escuta e discussões dos dez temas do material preparado para o Sínodo e espera que a experiência sinodal esteja enraizada nas famílias bem como na Pastoral Familiar.
Na sequência, Dom Bruno destacou três palavras-chave do Papa Francisco em relação ao Sínodo: encontro, escuta e discernimento, reforçando o conceito de “caminhar juntos” do Sínodo. Uma das definições mais enfatizadas foi que “Sinodalidade é o jeito da Igreja ser” e que pode ser completada por “Sinodalidade é o jeito da Igreja doméstica ser, acontecer na sua comunidade missionária, na sua paróquia”, disse. Lembrou ainda que a Pastoral Familiar deve atuar com movimentos que acolhem o novo casal, a nova família recém-constituída e a criança que está chegando. “Não se justifica a Pastoral Familiar não participar do Sínodo”, enfatizou.
O bispo de Campo Mourão também expôs alguns desafios para a Pastoral Familiar. Especialmente no que se refere à necessidade do diálogo e da escuta, lembrando que a Pastoral Familiar deve estar mergulhada no processo sinodal e que todos devem, como batizados, assumir seus lugares com seus dons, carismas e ministérios. “No processo de escuta, se não permitimos a fala dos outros, eles se afastam. Escutar é muito mais que ouvir. Todos devemos escutar, na docilidade e abertos ao Espírito Santo! Uma escuta recíproca onde cada um tem algo a aprender”, apontou.
Por fim, o prelado propôs três ações para a Pastoral Familiar: a preparação dos noivos com acolhimento; a família evangelizando os filhos; e, famílias acompanhando famílias na preparação de pais e padrinhos no Batismo.
Testemunho
O Casal Rubens e Inês, que fazem parte das Famílias Novas do Movimento Focolares, ressaltou em seu testemunho o trabalho sinodal desempenhado junto à Pastoral Familiar destacando as bênçãos advindas desta caminhada em conjunto. Alguns dos pontos destacados foram a produção de vídeos para as Semanas Nacional da Família, a preparação de noivos, o itinerário para novos casais e a Hora da Família e Hora da Vida. “Vale a pena trilhar o caminho da Sinodalidade!”, afirmaram.
*Foto: Jhonath/Arquidiocese de Florianópolis (SC)
